sábado, 4 de maio de 2013

Eu quero janeiro
E flores na janela
Rosas entregues em dias aleatórios
Surpresas
Café na cama
Um colo quentinho pra deitar
Uma estante de livros
Um campo florido
Mar no inverno
Tristeza passageira
Sonhos mútuos
Pássaros cantando
Te olhar dormir
Seu sorriso de manhã cedo
Sua comida
As cosquinhas
Assistir desenhos
Alimentar nossos animais
Viajar o mundo
Conhecer as culturas
Morrer de ler, dormir lendo Poe
Te morder
E nunca cansar de ter olhos amigos sempre atentos.

De Mariele de Carvalho para um novo desconhecido.

domingo, 17 de março de 2013

Desculpe eu estar sendo tão relapsa, mas vou tentar atualizar mais isso aqui. :D

domingo, 29 de julho de 2012

desculpa a falta de inspiração, PS.:morte

Ela saberia que não seria fácil. Na verdade nada em sua vida foi. Não porque as situações eram "pesadas", mas por que ela vivia num constante conflito interno. Ela funcionava como uma lupa, ou melhor como uma daquelas caixinhas de plástico que tinham uma pequena foto que a gente só conseguia enxergar aproximando o olho e apontando-a pra luz, ou ainda como um amplificador. As coisas se aproximavam dela pequenas, mas ao primeiro toque tudo seria maximizado estrondosamente. É por isso que as coisas eram difíceis. É por isso que ela vivia a seca no pólo norte. O que acontece é que no fundo ela sabia que existia como piorar. E piorou. Coisas aconteceram, o amplificador como de costume funcionou. De início ela sofreu muito, esperneou, encheu o quarto com lágrimas. Só que o tempo seja por bem ou mal passa. Ninguém mais sabe se ela ainda sofre. O que transcende é uma possível frieza. Sua declaração e provavelmente única esperança se despejaria na frase: não se pode matar o que já estava morto. Mariele de Carvalho

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Tráfego de Vidas

Tantos carros, pouco tempo.
Vidas cheias, dias vazios.
Trabalho, trabalho, trabalho.
Os "mãos-de-obra" que alimentam a nação.


Suas crianças na creche, (desa)proximidade.
Viver para servir, morrer para servir.
Esperança de futuro melhor.
Milhares de rostos, a incógnita da felicidade.


Pão e vinho no domingo, consolação.
Plantar sementes, colher eternidade em paraíso.
Esperar. Esperar e continuar, continuar esperando.


Acreditar que aquela roupa, aquele carro
Trará alguma felicidade.
Morrendo esperando...

Mariele de Carvalho dos Santos

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Cinofobia, não frescura.

Hoje passei por mais uma situação constrangedora por conta da cinofobia, achei esse texto bem interessante.

"Fobia não é frescura, não é apenas um medo comum, é uma coisa que foge do controle, no caso de uma pessoa que tem algum tipo de fobia, estímulos abruptos não geram bons resultados, pelo contrário, o sucesso em qualquer tarefa simples fica comprometido. As mãos suadas e frias, o coração acelerado e o pavor em excesso paralisam, descompensam e até mesmo fazem perder o controle, gerando uma atitude inadequada da pessoa. O cinofóbico de forma constrangedora grita, se debate, corre, chora, enfim, tem qualquer reação ansiosa exagerada, pois seu sistema nervoso central traduz qualquer contato com cachorros como uma situação extremada de risco."
(Fonte: Frederico Graeff, Universidade de São Paulo)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Faça uma lista de grandes amigos

Quem você mais via há dez anos atrás

Quantos você ainda vê todo dia

Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha

Quantos você desistiu de sonhar!

Quantos amores jurados pra sempre

Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece

Na foto passada ou no espelho de agora?

Hoje é do jeito que achou que seria

Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava

Quantos você conseguiu entender?

Quantos segredos que você guardava

Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?

Quantas você teve que cometer?

Quantos defeitos sanados com o tempo

Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava

Hoje assobia pra sobreviver?

Quantas pessoas que você amava

Hoje acredita que amam você?


A Lista - Oswaldo Montenegro

domingo, 2 de outubro de 2011

A maior faculdade que a nossa mente possui é, talvez, a capacidade de lidar com a dor. O pensamento clássico nos ensina sobre as quatro portas da mente, e cada um cruza de acordo com a sua necessidade.Primeiro, existe a porta do sono. O sono nos oferece uma retirada do mundo e de todo o sofrimento que há dele. Marca a passagem do tempo, dando-nos um distanciamento das coisas que nos magoara. Quando uma pessoa é ferida, é comum ficar inconsciente. Do mesmo modo, quem ouve uma noticia dramática comumente tem uma vertigem ou desfalece. É a maneira de a mente se proteger da dor, cruzando a primeira porta.Segundo, existe a porta do esquecimento. Algumas feridas são profundas demais para cicatrizar, ou profundas demais para cicatrizar depressa. Além disso, muitas lembranças são simplesmente dolorosas e não há cura alguma a realizar. O provérbio o tempo cura todas as feridas é falso. O tempo cura a maioria das feridas. As demais ficam escondidas atrás dessa porta.Terceiro, existe a porta da loucura. Há momentos em que a mente recebe um golpe tão violento que se esconde atrás da insanidade. Ainda que isso não pareça benéfico, é. Há ocasiões em que a realidade não é nada além do penar, e, para fugir desse penar, a mente precisa deixá-la para trás. Por ultimo, existe a porta da morte. O último recurso. Nada pode ferir-nos depois de morremos, ou assim nos disseram.(Retirado do livro: O nome do vento. Patrick Rothfuss)