terça-feira, 5 de outubro de 2010

Growing Up

Bom, eu faria minha primeira postagem de texto agora. Porém, sinceramente, a cafeína me tirou a clareza dos pensamentos. Vou dormir, ou pelo menos tentar. Até mais.


Decidi voltar. Acho que ficou clara a época da minha vida, ou o humor que desfruto hoje. Confusão é a palavra adequada.
Minha melhor amiga me ligou hoje, faz tempo que não nos vemos. Ela é uma das poucas garotas da minha idade que considero, isso se não é a única. Foi ótimo conversar com ela. Lembramos dos tempos de criança, aí surgiu um tema, que é bastante extenso, mas que decidi falar sobre: “TRANSIÇÃO DA INFÂNCIA A VIDA ADULTA”.

Desde criança, tive muitos sonhos. Um deles era “nunca perder a inocência, a imaginação, os sonhos, e a simpatia de criança”. Infelizmente, não consegui realizá-lo. Eu olhava pros adultos e pensava, “como são chatos, arrogantes, e me tratam como um ser desprovido de cérebro, eu NUNCA quero ser assim”. O tempo passou, fui amadurecendo... Esqueci desses planos.
Há um ou dois meses atrás, estava conversando com minha professora de filosofia. Falávamos sobre ela se sentir uma velha num corpo de jovem, e acabei comentando sobre sentir o mesmo. O interessante foi, que ela concordou comigo. “Você tem uma cabeça de velha, Mariele”. Muitos odiariam ouvir isso, mas, isso me fez um bem gigante. E hoje, ouvi praticamente a mesma coisa, mas dessa vez, da professora de espanhol. Você não está sozinha nessa, pensei. Acabei comentando isso com essa minha amiga que me telefonou. Ela também tem uma cabeça de velha, deduzi que me entenderia. E acabei refletindo, em como as coisas passam rápido. Nós mudamos, sem perceber... Os sentimentos desaparecem, os vínculos com as pessoas são cortados. E eu perdi a imaginação, os sonhos de criança. Só me restaram a simpatia – que é o pior de tudo, acredito - , e um pouco de inocência. É uma transição e uma perda necessária. Mas, acho que não deveriam ser por completo. É preciso simpatia pra inocência, e imaginação pros sonhos. E de repente, eu acordei e percebi que talvez não façam mais tanto sentido assim, pra mim (uma coisa puxa a outra, isso me lembra a minha falta de “dom” pra dissertação, risos).
As coisas que um dia já foram exagedamente importantes pra você, com o passar do tempo, perdem a graça. Todos mudam. Eu perdi a mim mesma, naquela infância. A obrigação em ter independência me tornou mais forte, e pos meus pés em um solo mais firme.
Eu poderia fazer um livro, só sobre esse assunto. Mas prefiro concluir por aqui:
agora olho pras crianças, com o mesmo olhar que aqueles adultos detestáveis me olhavam. E é tudo tão natural, normal. A infância é mesmo, a fase mais feliz da vida.

4 comentários:

  1. Talvez eu tenha medo de esquecer o que e ser uma criança e talvez eu já tenha esquecido
    E estol apenas me iludindo com uma infância que nunca tive
    Quando crianças, tinha medo de ser um adulto de merda
    E quando adulto tenho medo de ser uma crianças feliz
    o_O essa e minha opiniao e meu pemsamento

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  2. DIVAAA , arrasou <3

    concordo em muitas partes com vc
    Mari. algumas não.

    BY: Gus

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  3. lendo o teu texto , me veio a mente as lembranças de como voce era antes mary , parei pra pensar em como voce mudou ,em como as coisas mudaram em como eu me sentia obcecada por ser como voces(will , thi , says...) há uns dois anos atras, hoje eu nao preciso mais disso , eu sou o que eu quero ser sem ligar para as opinioes inconstrutivas da sociedade.
    Não somos mais aquelas garotinhas que se divertiam indo ao cemiterio e falando coisas superfluas na hora do recreio.
    nos se separamos , mas todos os dias eu penso em voce e como voce tem mudado ,radicalmente .
    Dessa transicao sua de emo para metaleira , de adolescente para essa mulher com pensamentos maduros e definidos , e leio agora seus textos com tanta emocao , eles mostram o que voce é , estou anciosa pra te ver alguma hora , talvez ainda possamos dar boas risadas e trocar confidencias como costumava ser.anna paula aqui

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  4. Deparei-me com seu blog acidentalmente... não foi o único acidente hoje. mas enfim... O tema “TRANSIÇÃO DA INFÂNCIA A VIDA ADULTA” me perseguia recentemente... Acredito que somos de gerações diferentes, tenhho 27 anos... Mas o engraçado é que comigo, e com uma serie de amigos e amigas... todos da mesma idade (geração y???)a questão é exatamente o inverso... todos nos não conseguimos ficar adultos... Acho engraçada essa constatação sua sobre um "velho no corpo de um jovem"... Engraçada justamente por ser a antítese... Resumindo... to quase com 30 e querendo saber qdo que fico adulto... qqr coisa, se quiser conversar sobre o assunto... alexpublicidade@yahoo.com.br

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