segunda-feira, 4 de abril de 2011
Cinzas do Ontem.
As árvores estão secas. A vida já se foi. O que sobra é apenas um corpo, já moribundo, ébrio pelas tristezas. Um copo de vinho, um cigarro apagado. Dor evidente, sofrimento que já estou acostumada. A cada dia que passa, a vontade é maior. Quero fujir, me libertar. Essa depressão não me deixa enxergar. Nos outros mundos tudo parece feliz, real, e porque eu não consigo a eles me juntar? Tudo dói, corrói. A vida mata. A cada dia mais perto, do descanso eterno. Aqui neste cemitério a criança perdida se sente encontrada. Não há vida eterna, então por que o sofrimento deveria ser?
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